Setembro Amarelo: Um Mês de Esperança e Prevenção

Setembro Amarelo é a campanha brasileira dedicada à prevenção do suicídio, que acontece todos os anos com o objetivo de promover a reflexão, o diálogo e a valorização da vida. O mês foi escolhido em sintonia com o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, celebrado em 10 de setembro.

 

Origem do movimento

 

A cor amarela foi adotada como símbolo da campanha em referência à história de Mike Emme, um jovem de 17 anos que cometeu suicídio e foi lembrado por familiares e amigos com fitas amarelas — inspiradas em seu carro restaurado — como forma de apoio e esperança. No Brasil, a campanha foi instituída oficialmente em 2015 por iniciativas da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) e do Conselho Federal de Medicina (CFM).

 

Números que impactam

 

O suicídio ainda é uma questão urgente de saúde pública. Segundo a OMS, mais de 700 mil pessoas morrem por suicídio todos os anos, sendo o Brasil responsável por cerca de 14 mil desses casos — ou uma média de 38 mortes por dia. Além disso, os atendimentos hospitalares por tentativas de suicídio ultrapassaram 11.500 casos em 2023, com mais de 30 internações por dia em consequência de autolesões.

 

Jovens em destaque

 

Entre adolescentes e jovens de 15 a 29 anos, o suicídio figura como a quarta causa de morte, superado apenas por acidentes de trânsito, tuberculose e violência interpessoal. Um estudo da Fiocruz evidencia ainda que as taxas de suicídio e autolesões cresceram cerca de 6% ao ano entre 2011 e 2022.

 

Como contribuir na prevenção

 

Conversar abertamente sobre o tema é fundamental. Estar disponível para ouvir, sem julgamento, pode salvar vidas. Caso alguém demonstre sinais de sofrimento, incentivar a busca por atendimento com profissionais de saúde mental é essencial. Se necessário, o apoio pode ser buscado através do CVV (Centro de Valorização da Vida), com atendimento gratuito e sigiloso disponível 24 horas pelo número 188.

Combate ao Sedentarismo: Por que o Movimento é Essencial para a Saúde

Na correria do dia a dia, muitas pessoas acabam passando horas sentadas em frente ao computador, no trânsito ou no sofá. Esse hábito, aparentemente inofensivo, é chamado de sedentarismo e representa um dos grandes desafios de saúde pública da atualidade.

 

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a inatividade física está entre os principais fatores de risco para doenças crônicas. Isso significa que ficar muito tempo parado aumenta as chances de desenvolver problemas como doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2, obesidade e até alguns tipos de câncer.

 

O impacto do sedentarismo no corpo e na mente

 

Quando o corpo não se movimenta o suficiente, não é apenas a forma física que sofre. A falta de atividade reduz a circulação sanguínea, diminui a capacidade respiratória, compromete a força muscular e acelera a perda óssea.

 

No campo mental, o sedentarismo também é prejudicial: pessoas inativas apresentam maior risco de ansiedade, estresse e depressão. Isso acontece porque o exercício físico estimula a liberação de substâncias que proporcionam bem-estar, como a endorfina e a serotonina.

 

Benefícios da atividade física regular

 

A boa notícia é que pequenas mudanças já fazem diferença. Manter uma rotina de exercícios contribui para:

 

• Cuidar do coração: reduz a pressão arterial e melhora a circulação;
• Manter o peso sob controle: auxilia na queima de calorias e regula o metabolismo;
• Proteger músculos e ossos: evita a perda de massa muscular e ajuda a fortalecer a estrutura óssea;
• Aumentar a disposição: pessoas ativas relatam ter mais energia e melhor qualidade de sono;
• Promover bem-estar emocional: reduz sintomas de ansiedade e melhora o humor.

 

Como começar a se movimentar

 

Não é necessário virar atleta para sair do sedentarismo. Algumas atitudes simples já trazem resultados:

 

• Caminhar em vez de usar o carro em trajetos curtos;
• Substituir o elevador pelas escadas;
• Reservar 30 minutos do dia para praticar uma atividade prazerosa, como dança, corrida, bicicleta ou yoga;
• Fazer pausas durante o trabalho para alongar e movimentar o corpo.

 

O ideal é alcançar pelo menos 150 minutos de atividade moderada por semana, o que equivale a apenas 30 minutos por dia, cinco vezes na semana.

 

Conclusão

 

O sedentarismo é silencioso, mas seus efeitos podem ser graves. Felizmente, a solução está ao alcance de todos: incorporar mais movimento no dia a dia. Cada passo, cada alongamento e cada escolha ativa conta.

 

Cuidar da saúde não precisa ser complicado — basta começar. E quanto antes você der esse passo, maiores serão os benefícios para o seu corpo e para a sua mente.